A História Como Ela Foi https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br passagens marcantes e curiosidades do Brasil e do mundo Sat, 14 Jul 2018 05:00:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Já ouviu a série de podcasts Presidente da Semana? https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2018/05/26/ja-ouviu-a-serie-de-podcasts-presidente-da-semana/ https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2018/05/26/ja-ouviu-a-serie-de-podcasts-presidente-da-semana/#respond Sat, 26 May 2018 22:53:50 +0000 https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/AHi_j0250-320x213.jpg http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/?p=893 Estou devendo uma satisfação sobre o reduzido ritmo de posts aos leitores que aparecem por aqui.

Mas peço compreensão, fiel leitor!

Se o blog tem sido escasso em atualizações, o espírito da História Como Ela Foi aparece com fartura em outra paragem.

Tenho produzido desde abril deste ano uma série de podcasts sobre a história dos presidentes brasileiros, o Presidente da Semana.

O programa em áudio contará em ordem cronológica a história dos presidentes brasileiros até o eleito ou a eleita em outubro deste ano.

Você pode ouvir todos os episódios disponíveis aqui.

Para quem lembra, comecei a experimentar com o formato em áudio no ano passado, com os podcasts A História Como Ela foi (todos disponíveis aqui).

Aqueles três “pilotos” de 2017 preparam as bases para a série presidencial de agora.

A questão é que o Presidente da Semana, como deixa claro o nome, é semanal. E além de produzi-lo, faço a pesquisa, apresentação e publicação dos podcasts.

Isso tudo, somado ao trabalho diário na editoria de Poder da Folha em ano eleitoral, me tirou o tempo necessário para produzir conteúdo exclusivo para o blog.

Afinal, o tempo é inelástico e dormir ainda continuar a ser uma exigência física.

O Presidente da Semana vai até o fim de outubro de 2018. Espero voltar a contar boas histórias por aqui com mais frequência depois disso!

 

 

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Aos interessados em 2018, convém levar em conta a pouco conhecida maldição presidencial https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2018/01/25/aos-interessados-em-2018-convem-levar-em-conta-a-pouco-conhecida-maldicao-presidencial/ https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2018/01/25/aos-interessados-em-2018-convem-levar-em-conta-a-pouco-conhecida-maldicao-presidencial/#respond Thu, 25 Jan 2018 04:03:29 +0000 https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/files/2018/01/8dc95904ee25edb3121a15c2fde031fba7f688710fdbe9f7b2a6e3c2c0ceb47d_5a26dcdd1c3f8-180x120.jpeg http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/?p=814 A chance considerável de Lula ser preso após ser condenado em segunda instância inclui o petista no rol dos presidentes brasileiros com vidas marcadas por infortúnios.

Olhando em retrospecto, a maioria daqueles –e daquela– que chegaram ao cargo público máximo do país acabou, uma hora ou outra, dando-se mal.

A frequência é tamanha que cabe sugerir a existência de uma maldição dos presidentes, ideia que certamente só não encontra maior eco por ser pura ficção e carecer de qualquer rigor científico. (Não me esforçarei aqui para convencer aqueles que, de forma muito compreensível, repudiam minha análise fantasiosa e sobrenatural dos fatos)

Lógica à parte, vamos aos elementos que dão força à tese de que maus ventos rondam a chefia do Poder Executivo federal.

Com seu dramático suicídio, Getúlio Vargas é o exemplo máximo deste mal.

Depois dele, tivemos os problemas de saúde e o afastamento de Café Filho, a renúncia de Jânio Quadros e o golpe que derrubou e exilou João Goulart.

JK, que parecia que sairia incólume após benquista presidência, acabou tendo o cargo de senador cassado pela ditadura militar (bom texto a respeito aqui). Foi pressionado a se exilar e, de volta, teve a vida devassada por investigações que em nada dariam. Como se não bastasse, morreu em um acidente de carro em 1976.

A SINA DOS ELEITOS

De Getúlio para cá, entre os eleitos pelo voto popular, só se salvaram de derrubadas, punições judiciais e outros contratempos Eurico Gaspar Dutra e –até agora– Fernando Henrique Cardoso.

Além dos já citados, encontraram maus destinos Collor e Dilma, derrubados pelo impeachment.

Os que chegaram ao poder sem ter sido eleitos diretamente para o cargo tiveram mais sorte, casos de Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo, que apesar de tudo que se deu em seus governos, concluíram suas presidências e não foram importunados posteriormente nem por clamores político-jurídicos nem por mortes terríveis.

Também não enfrentaram a aparente sina presidencial os inicialmente vices Itamar Franco e –até agora– José Sarney e Michel Temer.

Mas para mostrar que a maldição parece não poupar os indiretos, urge lembrar de Castelo Branco, morto em acidente aéreo após deixar a presidência; Costa e Silva, vítima de derrame cerebral que o tirou do cargo e o matou pouco depois; e Tancredo, que nem conseguiu tomar posse.

VELHA ESPERANÇA?

Nosso recorte pós-getulista já indica números suficientemente alarmantes para os interessados em registrar candidatura em 2018.

Dos 19 citados, 11 tiveram destinos nefastos e 8 deles escaparam.

Os negacionistas da tese do cargo amaldiçoado talvez mirem a República Velha, apostando que os tempos oligárquicos protegeriam mais nossos mandatários.

Enganam-se.

De 13 da época, só 3, bem ou mal, foram poupados: Prudente de Morais, Campos Sales e Venceslau Brás.

Primeiro presidente, Deodoro da Fonseca foi forçado a renunciar após tentar um autogolpe, morrendo menos de um ano depois.

Após uma tumultuada presidência, seu sucessor, Floriano Peixoto, com saúde bastante debilitada, também morreu nos meses que se seguiram a sua saída do cargo, com apenas 56 anos.

Rodrigues Alves foi vitimado pela gripe espanhola antes de assumir seu segundo mandato presidencial.

Afonso Pena padeceu de uma pneumonia fatal durante o mandato.

Delfim Moreira alternava momentos de lucidez com insânia, pouco governando na prática. Foi outro a morrer menos de um ano após deixar a presidência.

Hermes da Fonseca passou meses na cadeia, já ex-presidente, após se envolver na revolta tenentista. Solto, morreria naquele mesmo 1923.

A sorte também não sorriu para Washington Luís, preso e exilado pelo movimento de 1930; Artur Bernardes, que também seria detido por se opor a Getúlio; Júlio Prestes, eleito e impedido pelos revolucionários de tomar posse; e Epitácio Pessoa, que, ex-presidente, perdeu o mandato de senador pós-1930, desencantou-se com o novo regime, afastou-se da política e morreu com mal de Parkinson e problemas cardíacos.

SALVAM-SE OS REIS?

Voltando atrás mais algumas casas, para o Império, o mau agouro é ainda mais regra.

Dom Pedro 1º foi forçado a abdicar ao trono brasileiro, protagonizou uma guerra civil em Portugal e morreu com 35 anos.

Seu filho, Pedro 2º, foi mais longevo e teve um reinado mais estável, mas acabou por ser derrubado pelos republicanos e banido do país, morrendo no exílio aos 66.

Somados os dois regimes, decerto resta inconclusiva a hipótese de que uma maldição assola nossos líderes.

Os mais racionais se exaltarão, dizendo –com absoluta razão– que a profusão de trajetórias conturbadas se deve mais às personalidades dessas figuras e às estruturas nacionais do que à minha tese mística.

Pode ser, pode ser.

De todo modo, insisto: talvez não tenha sido uma boa ideia construir um país sobre um cemitério indígena.

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Presidentes dos EUA tiveram de escravos a fazenda reformada por amigos https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2017/12/01/presidentes-dos-eua-tiveram-de-escravos-a-fazenda-reformada-por-amigos/ https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2017/12/01/presidentes-dos-eua-tiveram-de-escravos-a-fazenda-reformada-por-amigos/#respond Fri, 01 Dec 2017 18:18:57 +0000 https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/Junius_Brutus_Stearns_-_George_Washington_as_Farmer_at_Mount_Vernon-180x124.jpg http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/?p=766 A leitura recente de um livro sobre os capítulos podres das biografias dos presidentes dos Estados Unidos foi a inspiração do 3º episódio do podcast da História Como Ela Foi.

A imagem controversa do atual presidente americano, Donald Trump, talvez induza o leitor a ter o cargo em pouco estima hoje.

No entanto, a relação da população dos EUA com a instituição é historicamente de admiração, seja pela democracia longeva e ininterrupta ou pela presença no rol presidencial de figuras alçadas a heróis da pátria, como George Washington (na imagem acima), Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Franklin Roosevelt.

Mas mesmo personagens estelares guardam episódios obscuros, como é o caso dos presidentes com histórico de apoio a escravidão e ao racismo ou de envolvimento ou omissão em escândalos políticos –teve até um que teve uma fazenda reformada por empresários amigos.

Quer saber mais? Clica abaixo.

Também dá para ouvir o podcast em:

Apple Podcasts (iOS)

SoundCloud (iOS e Android)

TuneIn (iOS e Android)

Stitcher (iOS e Android)

 

Já ouviu os outros dois episódios do podcast da História Como Ela Foi?

Dá para escutá-los abaixo, ou em seu aplicativo de preferência.

 

 

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Relembre momentos em que o Brasil foi governado por regentes https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2016/03/16/relembre-momentos-em-que-o-brasil-foi-governado-por-regentes/ https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/2016/03/16/relembre-momentos-em-que-o-brasil-foi-governado-por-regentes/#respond Wed, 16 Mar 2016 21:01:26 +0000 https://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/files/2016/03/feijo-129x180.jpg http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.com.br/?p=264 No próximo mês, o Brasil completará 185 anos do início do período da Regência, iniciado após a abdicação do imperador Pedro 1º, em 1831.

Na época, o pequenino Pedro, seu filho e futuro Pedro 2º, tinha 5 anos de idade, o que evidentemente se colocava como obstáculo para o pleno funcionamento de suas capacidades administrativas.

A solução prevista pela Constituição seria nomear um regente para tocar o país até que o jovem monarca completasse 18 anos.

A Regência foi um período de caos e violência. Sem um líder forte, o jovem e enorme país viu anos de luta entre suas elites políticas e econômicas. A administração centralizada do Império se chocava com os interesses regionais –levando a uma onda de revoltas provinciais, entre as quais se destacam a Farroupilha, no Rio Grande do Sul, e a Cabanagem, no Grão-Pará.

Nesse ambiente de salve-se quem puder, quatro regências diferentes se sucederam: uma trina (pois formada por três senadores) provisória, seguida de uma permanente, indicada pelo Parlamento. Permaneceu por só quatro anos, sendo trocada por uma regência una.

A primeira delas teve à frente o padre Diogo Feijó, instável e com constantes trocas de ministros. Seguiu-se a ele Pedro de Araújo Lima, o marquês de Olinda, que buscou concentrar mais poderes e força para controlar o país, embora a agitação nas ruas continuasse.

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Padre Diogo Antônio Feijó, um dos regentes do Império. (Litografia de de S. A. Sisson, 1861/Biblioteca Brasiliana)

Enquanto isso, o herdeiro do trono era submetido a uma educação severa, com horários para tudo, com o intuito de prepará-lo para o governo. Chegava a comer separado das irmãs e acompanhado por um médico para que não comesse demais, relata José Murilo de Carvalho.

Em meio às sucessivas crises e com perspectiva de perda de poder para o grupo conservador, os liberais da época reagiram com um golpe de Estado em 1840 que antecipou a maioridade de dom Pedro, à época ainda com menos de 15 anos.

Sem regentes e novamente com um imperador, o país dava os primeiros passos em direção à estabilidade do Segundo Reinado.

Outros regentes

Além dos regentes do pequeno Pedro 2º, o Brasil pré-republicano teve ainda dois príncipes regentes. Devido à loucura da rainha Maria 1ª, seu filho dom João foi regente do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves desde a criação do reino, no Rio de Janeiro, em 1808, até 1815, quando a rainha morreu e ele se tornou o rei dom João 4º.

Depois da volta de dom João a Lisboa, seu filho Pedro foi regente do Reino Unido de 1821 até proclamar a independência brasileira de Portugal, no ano seguinte. Para que ser mero regente quando se pode ser imperador?

A princesa Isabel, herdeira de Pedro 2º, também ocupou a regência em diversos períodos de ausência do pai. Foi num deles que assinou a Lei Áurea.

Regências republicanas

Embora o conceito de regente esteja diretamente ligado à monarquia, a República iniciada com o golpe militar de 1889 também teve períodos em que alguém governou o país de fato no lugar do titular.

Em 1918, Delfim Moreira, vice-presidente eleito, assumiu o cargo após o titular, Rodrigues Alves, morrer antes da posse. O novo presidente padecia de esclerose, levando-o a alternar momentos de lucidez com outros de loucura. Com o chefe do Executivo constantemente sem capacidade de tomar decisões, o poder acabou delegado a seu ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco. O período ficou conhecido na época como “regência republicana”.

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Delfim Moreira, presidente de 1918 a 1919 (Crédito: Presidência da República)

Em 1969, durante a ditadura militar, um derrame do presidente Artur da Costa e Silva também transferiu o poder a outrém –no caso uma junta militar, formada pelos ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, que ficou no poder até a escolha de seu sucessor, Emílio Garrastazu Médici.

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